Tamanho da fonte: 

Contribuindo para a integração entre estudos nas linhas de Finanças Clássicas e Finanças Comportamentais, este artigo consistiu de uma abordagem do afeto como explicativo dos desequilíbrios entre tendências de mercado e fundamentos de valor no mercado de ações brasileiro. As ações foram classificadas conforme rankings do jornal Valor Econômico e da revista Exame, retorno e book-to-market, sendo identificada uma categoria de ações designadas como afetivas. A análise foi efetuada no período de setembro de 1995 a agosto de 2014, com rebalanceamento anual das carteiras formadas. Foi proposto um Behavioral Asset Pricing Model resultante de regressão com dados em painel e incorporando um índice de sentimento do investidor estimado por Análise de Componentes Principais. Verificou-se o aspecto afetivo como determinante tanto de liquidez como de retorno das ações no longo prazo e não havendo ajuste do mercado aos aspectos fundamentalistas patrimoniais.