O uso do ciberespaço pela administração pública na pandemia da COVID-19: diagnósticos e vulnerabilidades

Conteúdo do artigo principal

Breno Pauli Medeiros
Luiz Rogério Franco Goldoni
Eliezer de Souza Batista Junior
Henrique Ribeiro da Rocha

Resumo

A pandemia da COVID-19, por demandar isolamento social, impõe aproximação e coordenação de esforços de entes públicos e privados por intermédio da Internet e dos serviços digitais. O artigo analisa o uso e a operacionalização do ciberespaço pela Administração Pública no combate ao SARS-CoV-2 e apresenta um diagnóstico das vulnerabilidades e desafios referentes a essa crescente operacionalização. A administração pública passou a operacionalizar o ciberespaço com mais afinco a partir da década de 1990, com o e-government. Estratégias de coordenação (inter)governamental impostas pela atual conjuntura seriam impossíveis sem a intensificação da operacionalização do ciberespaço pelo aparato administrativo público, que transpõe para o domínio digital práticas e ações pouco usuais ou mesmo inéditas. Dada sua artificialidade, o ciberespaço só pode ser operacionalizado por detentores de meios para tal. A “democratização” cibernética esbarra na exclusão digital. O atual isolamento social evidencia desafios técnicos e socioeconômicos decorrentes da transposição do aparato de administração pública para o ciberespaço.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Medeiros, B. P., Goldoni, L. R. F., Batista Junior, E. de S., & Rocha, H. R. da. (2020). O uso do ciberespaço pela administração pública na pandemia da COVID-19: diagnósticos e vulnerabilidades. Revista De Administração Pública, 54(4), 650–662. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/81878
Seção
Capacidades estatais na pandemia