Cidadania ou “estadania” na gestão pública brasileira?

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Daniela Meirelles Andrade
Carolina Lescura de Carvalho Castro
José Roberto Pereira

Resumo

O processo de democratização brasileira ocorreu de uma forma bem diferente da vivenciada por outrospaíses, como Estados Unidos da América e França. Nesse sentido, o objetivo deste artigo teóricoé apresentar os elementos centrais sobre democracia e cidadania e demonstrar como a formação históricado Estado brasileiro impulsionou o fortalecimento de uma “estadania” nacional em detrimentoda cidadania. Demonstrou-se que a formação do Estado brasileiro é um entrave para a consolidaçãoda cultura cívica, pois não consegue desenvolver os direitos sociais, políticos e civis como apresentadospor Marshall. Assim, o que se percebe é que o exercício da democracia não é uma tarefa fácil,porém, para uma nação evoluir em termos de participação efetiva dos cidadãos, os mesmos precisamparticipar do processo. No Brasil, nota-se prevalência de ações que conferem maior poder ao Estado,como responsável pela estruturação e desenvolvimento da vida social. Portanto, prevalece em nossanação a “estadania”, visto a ausência de uma cultura cívica, cabendo aos atores não estatais um papelde coadjuvantes no processo. Por outro lado, mudanças relacionadas à democratização mais efetivado Estado e à democratização da própria democracia fazem-se necessárias.

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Como Citar
Andrade, D. M., Castro, C. L. de C., & Pereira, J. R. (2012). Cidadania ou “estadania” na gestão pública brasileira?. Revista De Administração Pública, 46(1), 177 a 190. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/7081
Seção
Artigos

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