A influência do Estado e do mercado na administração da cultura no Brasil entre 1920 e 2002

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Janaina Machado Simões
Marcelo Milano Falcão Vieira

Resumo

Grande parte das discussões do setor cultural no Brasil apresenta, genericamente,dois focos principais. O primeiro diz respeito ao debate de quem seria o responsávelpela cultura, se o Estado ou o mercado. Já o segundo, trata do desenvolvimento deuma indústria da cultura e suas consequentes preocupações estratégicas e mercadológicas.A partir de uma abordagem metodológica qualitativa, este artigo analisa asinfluências do Estado e do mercado nas transformações ocorridas no campo organizacionalda cultura no Brasil no período entre 1920 e 2002. Os resultados obtidospermitiram verificar que quanto mais intensa for a presença do Estado no campo,maiores serão a complexidade e o grau de institucionalização dele. Já em relação ao mercado, quanto mais presente este se faz no campo, mais os atores parecem terdificuldades em obter sua legitimação no ambiente. Dessa forma, nem a ação doEstado nem a ação do mercado foram suficientemente fortes para promover mudançassignificativas na lógica que orienta a configuração organizacional do campo. Astransformações nas configurações do campo organizacional da cultura acontecemsomente quando a lógica determinada pela dinâmica histórico-social do ambientedo qual o campo faz parte se modifica.

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Como Citar
Simões, J. M., & Vieira, M. M. F. (2010). A influência do Estado e do mercado na administração da cultura no Brasil entre 1920 e 2002. Revista De Administração Pública, 44(2), 215 a 237. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/6923
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