Abordagem de redes no estudo de movimentos sociais: entre o modelo e a metáfora

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Maria Ceci Misoczky

Resumo

Este artigo faz parte de um conjunto de reflexões sobre as consequências do uso de abordagens fortemente influenciadas pela lógica empresarial como lentes para compreender movimentos orientados pela oposição a essa lógica. Neste artigo a preocupação é retomada, aprofundando a abordagem de redes. O ponto de partida foi uma apropriação crítica de autores e formulações representativos dessa abordagem. Foi impossível deixar de lado a hibridização entre a(s) teoria(s) do capital social e a abordagem de redes sociais. Parte deste artigo redundou em retirar as formulações de Pierre Bourdieu da vala comum, em que leituras equivocadas as têm jogado, ao classificá-lo como um teórico do capital social e da análise de redes. Também é revisada a expressão predominante da abordagem de redes nos estudos sobre movimentos sociais. Finalmente é abordada a distinção entre metáfora e modelo. A partir daí se pode afirmar que a retomada da estratégia discursiva da metáfora poderia abrir espaço para reconhecer o novo, o que está em construção, e o que ainda não é. Além disso, possibilitariam a coerência com a razão de ser do objeto a ser estudado. Nesse sentido são apresentadas três metáforas ¿ fluidos, teias e rizomas ¿ de modo a ilustrar as potencialidades contidas no uso desse recurso no estudo de movimentos sociais.

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Como Citar
Misoczky, M. C. (2009). Abordagem de redes no estudo de movimentos sociais: entre o modelo e a metáfora. Revista De Administração Pública, 43(5), 1147 a 1180. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/6725
Seção
Artigos