Trajetória e mutações do utilitarismo jurídico-penal: um ensaio de história das ideias

Autores

  • Bryan Alves Devos Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • Francisco Quintanilha Véras Neto Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Palavras-chave:

Utilitarismo penal, história das ideias, criminologia crítica, abolicionismo, realismo marginal

Resumo

Este texto aborda a biografia do utilitarismo jurídico-penal moderno focando três  importantes momentos de seu desenvolvimento: o utilitarismo ilustrado (Bentham  e Beccaria), o utilitarismo reformado (Ferrajoli) e a crise do utilitarismo penal,  denunciada pela criminologia crítica, em suas vertentes minimalistas e abolicionistas.  O instrumental teórico empregado é o da historiografia das ideias, de modo  que os fundamentos da punição – no caso deste ensaio, a prevenção geral negativa  e a prevenção de penas arbitrárias – conformam uma tipologia de respostas designadas  para elucidar a questão perene “por que punir?”, sem perder de vista a constância  desse debate, que até então permanece irresoluto. Ao fim, se ensaia uma  resposta, calcada nas considerações do realismo marginal (Zaffaroni), no sentido  de identificar os limites, mas também traçar algumas condições que tornem viável  a permanência dos pressupostos utilitaristas no campo jurídico-penal.

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Publicado

2019-09-26

Edição

Seção

Artigos