Landownership in the countryside of Portugal and wildfires: a qualitative approach

Abstract

Every year in the summer, the news about wildfires happening somewhere in Portugal reaches the world through the media (RTP, 2017; Publico, 2019), and when the winter arrives, everything is fine again, but the cycle repeats itself. One of the issues is the excess of fuel in the lands to feed the fire due to the lack of management of lands in the countryside of continental Portugal; more precisely in the Center and North of the country, where the lands are so small, they lost their value for production. More than 80% of the lands in Portugal are privately owned, and different from other countries, there is no concentration in the ownership (Tirapicos, 2019). This exploratory qualitative research is an attempt to understand the reasons behind the lack of use of land, one of the factors that influence those repetitive cycles. Data gathering was made through field trips for observation, data given by the stakeholders, interviews with specialist and, mainly, interviews with landowners. Interviews with the landowners made for this research shed light that the lands on insights of why keeping a land that is unproductive or not profitable. There is more than just emotional attachment, they are part of the identity of those people (Moore, 2014).

Todos os anos no verão, as notícias sobre incêndios florestais que acontecem em algum lugar de Portugal chegam ao mundo através da mídia (RTP, 2017; Publico, 2019) e, quando chega o inverno, está tudo bem novamente, mas o ciclo se repete. Uma das questões é o excesso de combustível nas terras para alimentar o fogo devido à falta de gestão das terras no interior de Portugal continental; mais precisamente no centro e norte do país, onde as terras são tão pequenas, elas perderam seu valor para a produção. Mais de 80% das terras em Portugal são de propriedade privada e, diferente de outros países, não há concentração na propriedade (Tirapicos, 2019). Esta pesquisa qualitativa exploratória é uma tentativa de entender as razões por trás da falta de uso da terra, um dos fatores que influenciam esses ciclos repetitivos. Os dados foram coletados como visitas de campo para observação, dados fornecidos pelas partes interessadas, entrevistas com especialistas e, principalmente, entrevistas com proprietários de terras. Entrevistas com os proprietários de terras feitas para esta pesquisa lançam luz que as terras revelam por que manter uma terra improdutiva ou não lucrativa. Há mais do que apego emocional, eles fazem parte da identidade dessas pessoas (Moore, 2014).