Unpacking sustainability practices of Western Cape wine supply chains: a practice-based view
Abstract
Although sustainable supply chain management (SSCM) has become an important field for several industries, little is known in the wine industry. To fill this gap, this master thesis investigates intra- and inter-organizational sustainability practices implemented in Western Cape wine supply chains. In doing so, the practice-based view theory is used to understand why, how, and by whom these practices were implemented. South Africa was chosen because it has a robust wine sustainability scheme that includes 95% of the country’s grape growers and wine cellars. Nine case studies were conducted from May to September 2022 through semistructured interviews with managers from nine wineries and one cork supplier subsidiary located in Western Cape. A total of 12 interviews were carried out with an average duration of 90 minutes and transcribed for analysis. Observations were made in short vineyard and cellar tours. The data were analyzed within and cross-case. Data coding was performed with all transcribed interviews and to assist in this analysis, the author used a structured technique supported by ATLAS TI. All analyzed wineries have a vertical supply chain; they are responsible for all production stages, from growing grapes to bottling wine. 15 sustainability practices were identified. Most of these practices are both intra- and inter-organizational. Many practices are related to the environmental dimension of sustainability, e.g., managing soil sustainably, decreasing GHG emissions, and protecting local biodiversity. This is due to the fact that the region of Western Cape is prone to draught and fires, as well as biodiversity degradation. Also, all nine cases are part of the Integrated Production of Wine (IPW) scheme which audits the wineries on environmental criteria regularly. Besides that, the author identified practices that are more related to the social and economic dimensions of sustainability, such as assisting workers, developing and having an educational role in the community, and guaranteeing business continuity in times of crisis. These practices emerged due to South Africa’s context; the local government’s insufficient health assistance and educational opportunities to underprivileged populations, alcohol sale restrictions during COVID-19 lockdowns, and the national electricity crisis that imposes long periods of loadshedding on the whole country. The practices are led by wine company owners, and managers, who usually have a personal tie to the surrounding environment, are motivated to solve environmental and social problems, and are responsible for ensuring sustainability certification for their business. A number of other individuals and organizations, such as NGOs, conservancy groups, recycling companies, and suppliers are fundamental for interorganizational sustainability practices to take place. Moreover, financial, physical, natural, and human resources are necessary to implement sustainability practices along the wine supply chain. By showing intra- and inter-organizational sustainability practices, this master thesis reveals the necessary activities and resources needed to adopt these practices, and investigates how these practices emerged. In addition, managers in wine supply chains and other food and beverage industries could employ the identified practices in their respective companies, and thus address the United Nations Sustainable Developments Goals, such as, protecting life on land, climate action, quality education, and promoting good health and well-being. Embora a gestão sustentável de cadeia de suprimentos (SSCM) tenha se tornado um campo importante para várias indústrias, pouco se sabe na indústria do vinho. Para preencher essa lacuna, esta dissertação investiga práticas de sustentabilidade intra- e inter-organizacionais implementadas na cadeia de suprimentos de vinho de Western Cape. Ao fazer isso, a teoria das práticas é usada para entender o por quê, como e por quem essas práticas são implementadas. A África do Sul possui um esquema de sustentabilidade do vinho que inclui 95% dos produtores do país. Nove estudos de caso foram conduzidos entre maio e setembro de 2022 entrevistando gerentes de nove vinícolas e uma fornecedora de cortiça. Foram realizadas 12 entrevistas com duração média de 90 minutos e transcritas para análise. Observações foram feitas em visitas pelos vinhedos e adegas. Os dados foram analisados intra- e cross-case. A codificação dos dados foi realizada com todas as entrevistas transcritas e a autora utilizou uma técnica estruturada apoiada pelo ATLAS TI. Todas as vinícolas analisadas possuem uma cadeia de suprimentos vertical; elas são responsáveis por todas as etapas de produção, desde o cultivo das uvas até o engarrafamento do vinho. Foram identificadas 15 práticas de sustentabilidade. A maioria dessas práticas é intra- e inter-organizacional. Muitas práticas estão relacionadas à dimensão ambiental da sustentabilidade, por exemplo, manejar o solo de forma sustentável, diminuir as emissões de GEE e proteger a biodiversidade local. Isso se deve ao fato de que a região de Western Cape é propensa a estiagens e incêndios, bem como à degradação da biodiversidade. Além disso, todos os nove casos fazem parte do esquema Integrated Production of Wine (IPW), que realiza auditorias regularmente nas vinícolas com base em critérios ambientais. Práticas relacionadas às dimensões social e econômica de sustentabilidade também foram identificadas, como atender trabalhadores, desenvolver e ter um papel educativo na comunidade e garantir a continuidade dos negócios em momentos de crise. Essas práticas surgiram devido ao contexto da África do Sul; a assistência insuficiente do governo nas áreas de saúde e educação à população desprivilegiada, restrições à venda de álcool durante períodos de lockdown durante a pandemia de COVID-19 e a crise nacional de eletricidade que impõe longos períodos de corte de fornecimento de eletricidade. As práticas são lideradas por proprietários e gestores de empresas de vinhos, que geralmente possuem um vínculo com o meio ambiente, são motivados a resolver problemas ambientais e sociais e são responsáveis por garantir a certificação de sustentabilidade de seus negócios. Outros indivíduos e organizações, como ONGs, grupos de conservação, empresas de reciclagem e fornecedores são fundamentais para que as práticas de sustentabilidade inter-organizacionais ocorram. Além disso, recursos financeiros, físicos, naturais e humanos são necessários para implementar práticas de sustentabilidade. As práticas de sustentabilidade reveladas neste trabalho apontam as atividades necessárias e os recursos necessários para adotá-las e investiga como elas surgiram. Gerentes de cadeias de suprimentos do vinho e de outras indústrias de alimentos e bebidas poderão empregar as práticas identificadas em suas respectivas empresas e, assim, atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, como: proteger a vida na terra, ação climática, educação de qualidade e promover boa saúde e bem-estar.