Trade credit in a developing country: the role of large suppliers in the production network
Abstract
Em países em desenvolvimento, empresas pequenas podem ter custos proibitivos para empréstimos bancários. Neste ambiente, o crédito comercial (vendas a prazo entre empresas) em uma rede de produção de firmas pode mitigar sua necessidade de liquidez, mas também pode ser uma fonte adicional para a propagação de choques. Nós utilizamos um modelo de rede de produção com firmas grandes e pequenas em cada setor em que no equilíbrio, em linha com a evidência empírica, empresas maiores são provedoras líquidas de crédito comercial para os clientes menores. Firmas grandes competem à la Cournot: elas escolhem a produção e a fração de crédito ótimas dadas as quantidades escolhidas por outras empresas, e incorrem em um custo de monitoramento para recuperar o crédito. As vendas a prazo podem ter um efeito benéfico na economia uma vez que reduzem a necessidade das empresas por capital de giro. Nós calibramos o modelo com dados da economia brasileira e encontramos que crédito comercial endógeno amplifica choques de produtividade. As relações geradas pelo crédito comercial amplifica choques financeiros para firmas grandes em setores upstream, mas os mitiga se as firmas estão em setores downstream. In developing countries, small companies can face a prohibitive cost of bank credit. In this environment, trade credit in the input-output network of firms can mitigate their liquidity needs but may also be an additional source of shock propagation. We build a production network model with large and small companies in multiple sectors where, in equilibrium, and in line with empirical evidence, large suppliers are net providers of trade credit to small clients. Large companies compete a la Cournot: they choose their optimal production and amount of trade credit given the quantities chosen by other companies and incur monitoring costs to recover credit. Trade credit can have a beneficial effect on the economy since it reduces firms' need for working capital. We calibrate the model to Brazilian data and find that endogenous trade credit amplifies productivity shocks. Trade credit linkages amplify financial shocks to large firms in upstream sectors, while they are mitigated if the firms are in downstream sectors.