Arte e indocumentada etnia cigana, resistência cigana pela música e pela dança no cinema de Tony Gatlif
Abstract
Este trabalho tem o intuito de mostrar, a partir da descrição de extratos de filmes, como a música e a
dança no cinema de Tony Gatlif registram a resistência dos ciganos e a afirmação de sua identidade durante a Segunda Guerra Mundial e nas sociedades europeias. A indocumentada etnia cigana faz com que a arte se torne um meio essencial para registrar seus hábitos culturais e sociais e a sua experiência vivida sob a ocupação nazista. Para compreender e interpretar o papel dramatúrgico e simbólico das relações música-dança no cinema de Gatlif, usaremos as três naturezas de imagens analisadas pelo filósofo francês Gilles Deleuze e sua definição do close-up. Veremos que o símbolo do arame farpado volta frequentemente nos filmes de Gatlif por representar a crueldade nazista.