Rare cases come in pairs! Assessing availability bias in diagnostic reasoning
Abstract
Erros de diagnóstico são um problema comum e caro na assistência em saúde. A literatura demonstra de forma consistente que vieses cognitivos podem estar presentes em muitos casos de erros diagnóstico em medicina. Um dos vieses mais comuns na prática clínica é o viés de disponibilidade, a tendência de pesar a probabilidade de um evento pela facilidade com que as instâncias vêm à mente. Para avaliar esse viés na prática clínica, propomos uma nova abordagem experimental: selecionar médicos com base em suas experiências recentes tratando pacientes com algumas doenças de interesse, e examinando seu desempenho diagnóstico em um novo caso clínico semelhante ao que assistiram na vida real, porém com um diagnóstico mais provável diferente. Também propomos um exercício de avaliação da frequência das doenças, realizado antes do diagnóstico do caso clínico, seguindo a hipótese de que este tipo de intervenção de raciocínio deliberado pode suprimir o efeito do viés. Verificamos que o viés de disponibilidade aumentou a probabilidade de escolha da doença saliente como diagnóstico do caso, mas não afetou a probabilidade de escolha do diagnóstico correto. Não encontramos suporte para nossa intervenção na avaliação da frequência das doenças para neutralizar esse viés. Também observamos que médicos experientes são mais propensos ao viés de disponibilidade do que médicos novatos. Diagnostic errors are a common and costly issue in healthcare practice. Previous literature consistently demonstrates that cognitive biases may be present in a large number of cases of medical diagnostic errors. One of the most common biases in clinical practice is the availability bias, or the tendency of weighing the likelihood of an event by the ease with which instances come to mind. To assess this bias in clinical practice, we propose a novel experimental approach: selecting physicians based on their recent experiences treating patients with some diseases of interest and examining their diagnostic performance in a new clinical case similar to the one they experienced in real life but with a different most probable diagnosis. We also propose a base rate exercise, performed before the clinical case diagnosis, hypothesizing that this kind of deliberate reasoning intervention might suppress the influence of the availability bias. Our results show that availability bias increased the likelihood of choosing the salient disease as the diagnostic of the case, but it didn´t affect the probability of choosing the most likely diagnosis. We found no support for our base rate intervention in counteracting this bias. We also observed that experienced physicians were more prone to bias than novice physicians.