dc.description | Tendo como pano de fundo a Iniciativa Cinturão e Rota (em inglês, Belt and Road Initiative – BRI), o I Relatório BR&Br (Agosto/2020) faz breves comentários sobre os impactos da pandemia da Covid-19 no contexto particular da nova Rota da Seda e no contexto global, bem como sobre as transformações que daí decorrem. A BRI da Saúde e a BRI Digital são algumas das faces das rearticulações ensejadas pela nova realidade.
Saúde e tecnologia digital, como condições para a retomada das atividades regulares, acabam por receber atenção, e os impactos disso são tão profundos que chegam até a reverberar na política – por exemplo, no desenvolvimento da diplomacia na nuvem, encurtando as maiores distâncias e agilizando intercâmbios culturais. Outro exemplo é a relação entre a China e os países da América Latina, que são geograficamente antípodas no globo, mas que estão agora a uma videoconferência de distância. Do ponto de vista de equipamentos médicos, a infraestrutura física fomentada pela BRI se presta ao propósito de fazer chegar todos os insumos às mais longínquas paragens. Mesmo que não diretamente atrelados à BRI, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), este também chamado Banco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), contribuem para a iniciativa e apresentam oportunidades concretas para a inserção do Brasil na cena internacional. Por fim, o relatório traz reflexões mais amplas a respeito da cooperação internacional e da importância do multilateralismo na resolução de problemas comuns. Em um contexto global em que as instâncias multilaterais estão sendo desacreditadas, questionadas e desafiadas, a BRI continua oferecendo-se como instrumento multilateral e apresentando suas vantagens, que podem interessar muito ao Brasil. | por |