Inducing long-term changes in behavior through increased self-determination
Abstract
Diversos estudos documentaram como o uso de incentivos é capaz de influenciar o comportamento humano e encorajar o alcance de metas. Contudo, argumenta-se que esses efeitos durem apenas enquanto a oferta de incentivos estiver em vigor; após esse período, os indivíduos costumam retornar ao comportamento que lhes era habitual antes das recompensas. O presente estudo investiga até que ponto um aumento na percepção de autodeterminação – especificamente, do senso de competência e autonomia – dos participantes de uma intervenção que ofereça incentivos consegue fazer com que esta produza resultados duradouros ao promover uma mudança comportamental de longo prazo, isto é, que perdure após o fim da oferta de recompensas. Essa hipótese é aqui testada através de um experimento de campo: um programa de 6 semanas que incentivou indivíduos com sobrepeso ou obesos a mudar seus hábitos alimentares e, consequentemente, emagrecer. Como recompensa, esses indivíduos participariam do sorteio de um vale-viagem de R$1.000,00. Durante o programa, cerca de metade dos participantes foi influenciada a atribuir seu sucesso à recompensa oferecida, enquanto a outra metade foi influenciada a atribuí-lo à sua autodeterminação. Ao final, a perda de peso resultante foi calculada para ambos os grupos. Seis semanas após o término do programa, os participantes tiveram seu peso medido mais uma vez, de forma a verificar se a manutenção da perda de peso variou de acordo com a manipulação a que foram expostos. Os resultados não mostraram nenhuma diferença significante entre os grupos. Limitações e futuros caminhos para pesquisa são discutidos. Numerous studies have reliably established that rewards hold the capability of influencing behavior and fostering goal attainment, but these effects are argued to hold only whilst the incentive system is operative; afterwards, the behavior tends to return to its pre-reward baseline. This paper investigates the extent to which an increase in participants’ self-determination – specifically, one’s sense of competence and autonomy – can make a reward-based intervention produce enduring results by promoting long-term behavior changes. This hypothesis was tested through a field experiment: a 6-week program that incentivized overweight and obese individuals to change their eating habits and, consequently, lose weight by offering the chance to participate in a lottery to win a R$1,000 travel voucher. During the program, about half of the participants was nudged to attribute its success to the reward offered, while the other half was nudged to attribute it to its self-determination. The resulting weight-loss was computed for both groups. Six weeks after the end of the program, participants were weighed once more in order to analyze whether weight-loss maintenance varied depending on the manipulation they were subject to. The results showed no significant difference between the groups. Limitations and future research avenues are discussed.