Nota técnica química: caderno 4
Abstract
Em 2009, o subsetor químico respondeu por 2,6% do PIB brasileiro, com a indústria química de produtos para uso industrial (PQI) sendo responsável por quase 49% de tal contribuição. No que diz respeito às emissões de GEE, a PQI, por meio de seus principais processos industriais e da geração e consumo de energia, emitiu cerca de 17 MtCO2eq no ano de 2010, uma queda de 25,9% com relação a 2005. As emissões de GEE da PQI podem ser divididas em três grandes blocos: 72,9% da combustão para geração de energia térmica; 21,5% de 12 processos industriais; e 5,6% da geração e consumo de energia elétrica. Até 2020, tais emissões, em um cenário BAU, devem chegar a até 30 MtCO2eq, ou aproximadamente 64,6% da “meta” projetada ao setor com base no Decreto 7390. Em um cenário otimista de baixo carbono, as emissões do subsetor podem ser 14,5% inferiores ao projetado para 2020, desde que a indústria química incremente a utilização de biomassa como matéria-prima em sua matriz energética e invista em ganhos de eficiência energética, dentre outras possíveis medidas de mitigação. Para tanto, um mix de políticas se faz necessário, com medidas como a criação de selos de eficiência carbônica, concessão de incentivos para produção e consumo de produtos menos intensos em emissões de GEE, e o tratamento diferenciado ao etanol usado como matéria-prima, dentre outras.