Reocupação de vazios urbanos como estratégia para cidades (mais) sustentáveis: um olhar sobre a cidade do Rio de Janeiro

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Data
2020-04-28
Orientador(res)
Fernandes, Gustavo Andrey de A. L.
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Resumo

Partindo da premissa de que a reocupação de vazios urbanos edificados, especialmente os imóveis históricos, é positiva para promover a sustentabilidade as cidades, este trabalho se debruçou sobre as zonas centrais da cidade do Rio de Janeiro para mapear as áreas prioritárias para ações de reabilitação urbana. Vazios urbanos são espaços desprovidos de função e significado no interior das cidades, e são, na maior parte das vezes, consequência de processos de decadência econômica ou remanescentes de grandes intervenções de reforma urbana. Num mundo cada vez mais urbano, a manutenção de áreas desocupadas em regiões providas de boa infraestrutura e próximas de oportunidades de emprego implica em uma série de impactos negativos à sustentabilidade das cidades. Muitos desses imóveis vazios ou subutilizados compõem o patrimônio cultural edificado, cuja preservação também se vincula à sustentabilidade. O primeiro passo para responder à questão de pesquisa foi investigar as relações existentes entre imóveis vazios, edifícios protegidos e indicadores socioeconômicos, tendo sido encontradas fortes correlações entre os estabelecimentos abandonados e os imóveis protegidos, e entre os fatores renda, valor do aluguel e distância até o centro. A identificação das áreas prioritárias foi realizada por meio de análises espaciais aplicando-se a metodologia AHP a dados georreferenciados em uma aplicação de GIS. Ao fim do trabalho, verificou-se que muitas das áreas prioritárias se encontram em regiões que já foram ou ainda são objeto de políticas descoordenadas de preservação patrimônio ou de fomento econômico, concluindo-se pela necessidade de desenvolver ações articuladas e multidisciplinares, para o que são tecidas recomendações.


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