Do (in)visível ao risível: o negro e a “raça nacional” na criação caricatural da Primeira República

Autores

  • Silvia Capanema Almeida Université Paris 13
  • Rogério Souza Silva PUC-SP

Palavras-chave:

caricatura, Primeira República, raça nacional, mestiçagem, pós-abolição, Revolta dos Marinheiros

Resumo

A partir de caricaturas e de textos de humor publicados nas revistas ilustradas cariocas na Primeira República – sobretudo entre 1898 e 1918 –, o artigo analisa o lugar do negro e a reatualização da ideia de “raça nacional”. Discute-se em que medida o humor é capaz de evidenciar mecanismos pouco visíveis, repercutindo o preconceito racial da época e revelando ao mesmo tempo a emergência de novas tradições culturais de origem africana e estratégias de resistência. À luz da historiografia recente sobre o período, demonstra-se como também no universo caricatural se tecia uma imagem da “raça brasileira” apoiada na mestiçagem. Essa busca de uma identidade brasileira mestiça é renovada no contexto da Primeira Guerra Mundial, quando os caricaturistas insistem na representação da decadência dos países tidos como civilizados e se interrogam sobre o lugar do Brasil no mundo.

Biografia do Autor

Silvia Capanema Almeida, Université Paris 13

Doutora em História pela École des Hautes Études en Sciences Sociales. Professora Adjunta na Universidade Paris 13.

Artigo em co-autoria com Rogério Sousa Silva (doctorando PUC-SP, Capes).

Rogério Souza Silva, PUC-SP

Doutorando em História na PUC-SP e bolsista da CAPES.

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Publicado

2013-02-21