A transferência de jogadores no sistema FIFA e a migração de brasileiros para a Europa (1920-1970)
Palavras-chave:
imigração, jogador de futebol, FIFA.Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a transferência de jogadores de futebol dentro do sistema da FIFA, com destaque para os brasileiros que foram para a Espanha e a Itália. Essas transferências trazem para o debate o contexto no qual os atletas passavam a se inserir, o da imigração. Por meio dos estatutos e regulamentos da FIFA, procuramos entender quais as condições de transferências de jogadores e, com base na historiografia e em diversas fontes, buscamos elaborar um histórico da ida de futebolistas brasileiros para a Europa de 1920 até o início dos anos 1970.
Referências
AGOSTINO, Gilberto. Vencer ou morrer: futebol, geopolítica e identidade nacional. Rio de Janeiro: Mauad, 2002.
CBF. Brazilian players and coaches in Italy. Rio de Janeiro: [s.n., 200-a].
______. Brazilian players in Argentina (1st level). Rio de Janeiro: [s.n., 200-b].
COELHO, Paulo Vinicius. Bola fora: o êxodo do futebol brasileiro. São Paulo: Panda Books, 2009.
DAMO, Arlei Sander. Do dom à Profissão: a formação de futebolistas no Brasil e na França. São Paulo: Aderaldo & Rithschild Ed., Anpocs, 2007.
FRANCO JÚNIOR, Hilário. A dança dos deuses: futebol, sociedade, cultura. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
GARLAND, Jon; ROWE, Michael. Racism and anti-racism in football. London: Palgrave, 2001.
GIGLIO, Sérgio Settani. A história política do futebol olímpico (1894-1988). São Paulo: Intermeios/FAPESP, 2018.
______. COI x FIFA: a história política do futebol nos Jogos Olímpicos. 2013. 518 f. Tese (Doutorado em Ciências) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
______; RUBIO, Katia. As relações entre o COI e a FIFA e a formação da Copa do Mundo de futebol. In: GIGLIO, Sérgio Settani; SILVA, Diana Mendes Machado da. O Brasil e as Copas do Mundo: futebol, história e política. São Paulo: Zagodoni, 2014.
GOMES, Artur Nunes. Um amor de 500 anos: irmandade e ambiguidade nas relações entre Brasil e Portugal. Oficina do CES, Coimbra, n. 116, maio 1998, p. 1-20.
LANFRANCHI, Pierre; TAYLOR, Matthew. Moving with the ball: the migration of professional footballers. Oxford: Berg, 2001.
LOPES, José Sergio Leite. Classe, etnicidade e cor na formação do futebol brasileiro. In: BATALHA, Cláudio Henrique de Moraes; SILVA, Fernando Teixeira da; FORTES, Alexandre (Org.). Culturas de classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas: Ed. da Unicamp, 2004.
______. A vitória do futebol que incorporou a pelada. Revista USP, São Paulo, n. 22, p. 64-83, jun./ago. 1994. Dossiê Futebol.
MADUREIRA, Nuno. O ponta-esquerda e a “Contessa”: o romance que mudou o “calcio”. Mais Futebol, Portugal, 20 fev. 2014. Disponível em: <http://www.maisfutebol.iol.pt/o-ponta-esquerda-e-a-contessa-um-romance-que-mudou-o-calcio-139285506>. Acesso em: 28 out. 2015.
MONSMA, Karl; TRUZZI, Oswaldo. Amnésia social e representações de imigrantes: consequências do esquecimento histórico e colonial na Europa e na América. Sociologias, Porto Alegre , v. 20, n. 49, p. 70-108, 2018.
MOYA, José. Migração e formação histórica da América Latina em perspectiva global. Sociologias, Porto Alegre , v. 20, n. 49, p. 24-68, 2018.
RIAL, Carmen Silvia. Fronteras y zonas en la circulación global de los jugadores brasileños de fútbol. In: GODIO, Matías; ULIANA, Santiago (Comp.). Fútbol y sociedad: prácticas locales e imaginarios globales. Sáenz Peña: Universidad Nacional de Tres de Febrero, 2011. p. 27-50.
______.“Porque todos os ‘rebeldes’ falam português?” A circulação de jogadores brasileiros/sul-americanos na Europa, ontem e hoje. Antropologia em Primeira Mão. Florianópolis, n.110, 2009a.
______. Fronteiras e zonas na circulação global dos jogadores brasileiros de futebol. Antropologia em Primeira Mão. Florianópolis, n. 109, 2009b.
______. Rodar: a circulação dos jogadores de futebol brasileiros no exterior. Horizontes Antropológicos. Porto Alegre, v. 14, n. 30, p. 21-65, 2008.
RIBEIRO, Péris. Didi: o gênio da folha-seca. 3. ed. Rio de Janeiro: Gryphus, 2014. Livro digital.
RODRIGUES, Francisco Xavier Freire. O fim do passe e a modernização conservadora no futebol brasileiro (2001-2006). 346f. 2007. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.
SANTOS, João Manuel Casquinha Malaia. Revolução Vascaína: a profissionalização do futebol e a inserção sócio-econômica de negros e portugueses na cidade do Rio de Janeiro (1915-1934). 501 f. 2010. Tese (Doutorado em História Econômica) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
SOUZA, Denaldo Alchorne de. O Brasil entra em campo! Construções e reconstruções da identidade nacional (1930-1947). São Paulo: Annablume, 2008.
STREAPCO, João Paulo França. “Cego é aquele que só vê a bola”: o futebol em São Paulo e a formação das principais equipes paulistanas: S. C. Corinthians Paulista, S. E. Palmeiras e São Paulo F. C. (1894-1942). 224 f. 2010. Dissertação (Mestrado em História Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
TONINI, Marcel Diego. Dentro e fora de outros gramados: histórias orais de vida de futebolistas brasileiros negros no continente europeu. 2016. 480 f. Tese (Doutorado em História Social)-Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.
______. Os negros e o estilo brasileiro de jogar futebol, ou como as Copas do Mundo ajudaram a inventar uma tradição. In: GIGLIO, S. S.; SILVA, D. M. M. (Org.). O Brasil e as Copas do Mundo: futebol, história e política. São Paulo-SP: Zagodoni, 2014. p. 109-120.
UNZELTE, Celso Dario. Almanaque oficial do Sport Clube Corinthians Paulista. São Paulo: Bola Dentro, 2016. Aplicativo digital.