O monumental e o íntimo: dimensões da memória da resistência no documentário brasileiro recente

Autores

  • Fernando Seliprandy Fernandes Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

documentário, memória, resistência, ditadura, monumento, intimidade

Resumo

Propõe-se um exercício acerca da memória da resistência à ditadura no documentarismo brasileiro contemporâneo. Monumentalização e intimidade são as noções guias das análises de Hércules 56 (Silvio Da-Rin, 2006) e Diário de uma busca (Flavia Castro, 2010). No caso do primeiro filme, sugere-se que os cânones do documentário de entrevista, primando pela coesão, estabelecem uma memória monumental e conciliadora. Quanto ao segundo filme, sustenta-se que a perspectiva íntima, plena de hesitações, pode sinalizar a permanência de lacunas na conciliação democrática brasileira. O contraste entre memória celebrativa e memória introspectiva ressalta a necessidade de crítica da impunidade presente.

Biografia do Autor

Fernando Seliprandy Fernandes, Universidade de São Paulo (USP)

Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), onde também se graduou em História - Bacharelado (2003) e Licenciatura (2004). Pesquisa as relações entre cinema, memória e história, com ênfase nas representações cinematográficas da resistência ao regime militar no Brasil.

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Publicado

2013-08-16