A representação política na Espanha durante a ditadura de Primo de Rivera

Autores

  • Miguel Ángel Giménez Martínez Universidad Autónoma de Madrid

Palavras-chave:

Corporativismo, Representação política, Parlamento, Ditadura Primo de Rivera, Espanha, Século XX

Resumo

A ditadura de Miguel Primo de Rivera representou, pela primeira vez na Espanha, a implementação de fórmulas representativas distantes do modelo liberal parlamentar. A escalada de ideias corporativas, fundamentadas numa concepção orgânica da sociedade, permitiu a criação da Assembleia Nacional Consultiva, criada para apoiar as propostas do governo e oferecer uma saída constitucional para a ditadura. Tal assembleia chegou a possibilitar um anteprojeto de Constituição no qual se previam cortes corporativas, as quais, no entanto, nunca chegaram a ser aprovadas. Combinando a exegese de textos jurídicos, a revisão do direito de sessões e o contraste com as contribuições doutrinárias, este artigo estuda a natureza, a composição, a organização e as funções desses órgãos, assim como o papel político que desempenharam dentro do esquema de poder da época.

Biografia do Autor

Miguel Ángel Giménez Martínez, Universidad Autónoma de Madrid

Miguel Ángel Giménez Martínez es doctor en Historia por la Universidad de Castilla-La Mancha y trabaja como investigador del programa «Juan de la Cierva» en la Universidad Autónoma de Madrid. Especialista en la historia política y constitucional de la España contemporánea, presta una específica atención a las instituciones parlamentarias. Sobre estos temas ha publicado medio centenar de artículos en revistas científicas españolas y extranjeras, así como diversos libros: Las Cortes Españolas en el régimen de Franco (2012), El Estado franquista. Fundamentos ideológicos, bases legales y sistema institucional (2014), Un Parlamento en transición. Las Cortes Constituyentes, 1977-1979 (2015) e Historia del parlamentarismo español (2017).

Publicado

2018-07-31