“Quem é mais útil ao país: aquele que planta ou o que fica na cidade só comendo?”: os trabalhadores rurais fluminenses e a luta por desapropriação de terras (1962-1963)

Autores

Palavras-chave:

trabalhadores rurais, formas de mobilização, luta pela terra

Resumo

Este artigopretende analisar as formas de mobilização de um grupo de trabalhadores rurais frente às constantes ameaças de despejo, entre os anos de 1962 e 63. As terras em questão, localizadas no município de Magé (RJ), eram ocupadas por posseiros e vinham sendo reivindicadas como propriedade da Companhia América Fabril, que mantinha duas unidades têxteis nas redondezas. Desse modo, pretendemos identificar as principais reivindicações e propostas desses trabalhadores, que adquiriram maior visibilidade a partir da repercussão das passeatas que realizaram em Niterói, então capital do estado do Rio de Janeiro.

Biografia do Autor

Felipe Augusto dos Santos Ribeiro, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Pós-doutorando em História pela UFRRJ (desde 2015); Doutor em História, Política e Bens Culturais pelo CPDOC-FGV (2015), Mestre em História Social pela UERJ (2009) e Licenciado em História pela UERJ (2006). 

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2015-12-19

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Artigos