A memória e a formação dos homens

Autores

  • Hugo Lovisolo

Resumo

Este artigo discute as oposições entre memória histórica e/ou coletiva e memória individual nas teorias modernas acerca da formação (bildung, paideia) dos homens. A partir de Montaigne e da absolutização crítica de Borges, o autor discute como a memória é muitas vezes vista como obstáculo ao exercício do discernimento e da autonomia individual, assim como para a construção do "eu". As contradições presentes em Montaigne são aqui reestruturadas com base na existência de dois mundos, o público e o privado, de modo que a autonomia fica referida à esfera deste último enquanto o conformismo caberia ao primeiro. A oposição entre Iluminismo e Romantismo (e o desejo de junção) compõe o pano de fundo a partir do qual é possível compreender, segundo o autor, a dinâmica das contraposições que envolvem a memória e que aparecem nas concepções modernas acerca da formação do homem.

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Publicado

1989-06-01

Edição

Seção

Artigos