Sobre a Revista

Foco e Escopo

Estudos Históricos (EH) é a revista científica do Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais (PPHPBC) da FGV CPDOC e tem por finalidade publicar artigos originais afinados com as áreas de atuação intelectual da FGV CPDOC

 EH é uma publicação seriada de natureza acadêmica cujo foco é a edição de artigos originais nas áreas referidas acima, mas também pode publicar entrevistas originais, traduções e, eventualmente, solicitar diretamente colaborações especiais a especialistas de notável reputação acadêmica.

Política de Acesso Livre

Todos os artigos da revista estão disponíveis para acesso e livre recuperação. Os autores detêm responsabilidade pelo conteúdo de seus artigos, certificando-se de que o texto não contém plágio, autoplágio ou publicação de resultados de pesquisa fraudulentos. Os direitos autorais devem ser respeitados e os artigos devem ser propriamente citados. Permissão para o uso com propósitos lucrativos devem ser obtidos com o CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - eh@fgv.br ou faleconosco.cpdoc@fgv.br.

Informações básicas

A revista Estudos Históricos é um periódico quadrimestral que, a cada número, trata de uma temática específica. Publicada de forma ininterrupta desde 1988, a revista destaca-se por seu perfil interdisciplinar. Estudos Históricos tem como objetivo a publicação de trabalhos inéditos, com uma perspectiva histórica, de pesquisadores da comunidade acadêmica nacional e internacional das áreas de História, Ciências Sociais e outros campos afins.  A revista é classificada como A1 no Qualis CAPES na área de história e na área interdisciplinar. Vinculada ao Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais (PPHPBC) do CPDOC/FGV, que dispõe de um curso de mestrado profissional, de um curso de mestrado acadêmico e de doutorado, o periódico também tem sido um elo importante de comunicação entre programas de pós-graduação, particularmente na área de História e Ciências Sociais.

Em 2016, a revista Estudos Históricos passou a ser publicada apenas no formato eletrônico. Além do portal do SciELO Brasil, os números anteriores podem ser acessados na página do Directory of Open Access Journals – DOAJ, no site da Biblioteca Digital da FGV e no Portal de Periódicos da CAPES.

A partir de 2023, a revista Estudos Históricos passa a ser de publicação contínua.

Todos os artigos da revista estão disponíveis para acesso e livre recuperação. Os autores detêm responsabilidade pelo conteúdo de seus artigos. Os direitos autorais devem ser respeitados e os artigos devem ser citados de modo apropriado. A revista Estudos Históricos trabalha com a dinâmica de envio dos artigos para pareceristas anônimos, procedimento padrão em periódicos de sistema de avaliação por pares. Além disso, preza por preceitos éticos de não aceitação de plágio e autoplágio no conteúdo dos artigos.

O título abreviado do periódico é Estud. hist. (Rio J.). Assim deve ser usado em bibliografias, notas de rodapé, referências e legendas bibliográficas.

ISSN (versão online): 2178-1494.

Estratos da Estudos Históricos no Qualis da CAPES

(quadriênio 2013-2016):

  • A1: Ciências da Religião e Teologia
  • A1: História
  • A1: Interdisciplinar
  • A2: Arquitetura, Urbanismo e Design
  • B1: Antropologia / Arqueologia
  • B1: Comunicação e Informação
  • B1: Sociologia
  • B2: Educação
  • B2: Serviço Social
  • B5: Ciência Política e Relações Internacionais

Fonte: Plataforma Sucupira

Processo Editorial

Os editores-chefes e os editores-convidados realizam uma primeira avaliação das submissões, com os seguintes objetivos: a) identificar qualquer conduta antiética relacionada a plágio, autoplágio ou coautoria antiética. Quando identificada conduta imprópria, a revista recusará a publicação do artigo e comunicará a decisão aos autores. Recomenda-se fortemente que os autores consultem o Código de Ética e o Código de Coautoria; b) verificar a aderência do manuscrito à política editorial da revista, em especial no que se refere ao escopo temático de cada número e ao padrão de qualidade mínimo exigido. Quando o manuscrito for considerado não aderente, será rejeitado.

EH aceita artigos que tenham sido previamente depositados nos servidores de pre-print SCIELO ou SOCARXIV https://osf.io/preprints/socarxiv . No caso, os autores deverão informar aos Editores a condição do manuscrito no ato de submissão, em ‘comentários aos editores’.

Todos os artigos que forem inicialmente acolhidos pelos Editores-Chefes e Editores Convidados serão submetidos a dois ou mais pareceristas ad hoc alheios à equipe editorial e à instituição editora para que emitam sua avaliação. Será mantido sigilo quanto à identidade tanto dos pareceristas quanto dos autores. No caso de manuscritos anteriormente depositados nos servidores de pre-prints indicados, a Revista poderá informar a identidade dos responsáveis por críticas e/ou comentários feitos ao longo dessa fase, mas se reserva o direito de submeter os artigos a nova rodada de pareceres, desta vez no modelo ‘blind-review’. Os pareceres poderão recomendar: a) a aceitação integral do texto; b) a recusa integral; c) a aceitação com pequenas modificações; d) a aceitação com modificações significativas, sendo o texto, nestes dois últimos casos, reenviado ao(à) autor(a) para as alterações.

A decisão final sobre a publicação ou não do texto será sempre dos Editores-Chefes e depende de uma série de fatores, como disponibilidade orçamentária, total de textos anuais recomendados pela SCIELO, diversidade de autores, entre outros. Ou seja, o recebimento de pareceres favoráveis à publicação não é garantia de que os manuscritos serão publicados.

Caso o artigo resulte de pesquisa subvencionada por agência financiadora, esta deverá ser mencionada. Deverão ser igualmente encaminhados aos Editores dados sobre o(a) autor(a) (titulação, vinculação institucional etc.) e duas declarações: a primeira, de responsabilidade e originalidade, e a segunda, de cessão de direitos autorais (cf. modelos infra). Os artigos publicados na revista poderão também ser disponibilizados em diferentes mídias e na Internet.

Sugere-se que os autores cujos artigos tenham sido aprovados para publicação disponibilizem seus dados de pesquisa em repositório digital adequado. Neste momento, EH recomenda as plataformas DATAVERSE FGV e SCIELO (Scielo data) 

Após a publicação de um texto em Estudos Históricos, o(a) autor(a) será submetido(a) a um período de dois anos de carência, durante os quais não poderá apresentar nova proposta de artigo. Os (As) autores (as) que atuarem como pareceristas em um número da revista não poderão submeter artigo para publicação no mesmo número.

EH não cobra taxa de submissão.

Em caráter excepcional, a revista EH poderá comissionar artigos e entrevistas com especialistas. Porém, tais submissões deverão ser justificadas ao Colegiado do PPHPBC e indicadas no editorial, devendo também ocupar seção à parte no âmbito da revista.  

Código Ético

A Revista Estudos Históricos entende que o processo de editoração e publicação científica implica um compromisso ético de autores, editores e parecerista. Inspirado nas diretrizes da COPE (https://publicationethics.org/), estabelecemos as seguintes orientações gerais:

Autores devem:

- Comprometer-se com a fidedignidade das informações submetidas juntamente com o manuscrito;

- Referenciar adequadamente todos os dados e materiais bibliográficos citados no artigo.

- Enviar artigos originais, sem plágios ou autoplágios;

- No caso de artigos em coautoria, respeitar as diretrizes do “Código de coautoria" da revista Estudos Históricos;

Editores-chefes devem:

- Agir de forma transparente e equilibrada, informando adequadamente os autores sobre as regras e os procedimentos adotados;

- Realizar avaliação prévia dos manuscritos em busca de condutas impróprias, em especial: plágio, autoplágio e coautoria predatória (ver Código de coautoria). Os editores avaliam previamente os manuscritos para identificar a conduta imprópria com a utilização de softwares antifraude e conferência de publicações anteriores da autoria e de terceiros sobre o mesmo tema. Quando identificado a conduta imprópria, a Estudos Históricos nega a avaliação do artigo e informa os(as) envolvidos(as). A qualquer momento, se ainda assim for identificada de alguma informação fraudulenta, plágio ou autoplágio, em manuscritos publicados, a Estudos Históricos poderá seguir a diretriz de retirar a publicação dos registros, publicar a retratação e/ou corrigir o artigo, quando couber;

 Editores-convidados devem:

- Agir de forma equilibrada e transparente, comunicando-se regularmente com os editores-chefes e com a equipe administrativa;

- Não se posicionar em nome da revista ou do PPHPBC/CPDOC;

Revisores devem:

- Atentar para quaisquer conflitos de interesse existentes e informar os editores sobre os mesmos;

- Elaborar pareceres de forma objetiva e construtiva, evitando comentários hostis que não contribuam para o debate científico razoável;

- Elaborar seus pareceres no tempo acordado com os editores;

Caso autores e revisores tenham reclamações sobre decisões tomadas pela Revista EH, devem escrever para o endereço eletrônico institucional da revista. Os editores-chefes devem responder à questão num prazo máximo de 30 dias, consultando, caso achem que seja necessário, o Colegiado do Programa PPHPBC e o Conselho Consultivo;

Fontes de Apoio

Histórico do periódico

Por uma revista de história

Enquanto as ciências sociais têm pretendido desnudar a previsão e a regularidade nos fatos sociais, a história vem recentemente refletindo sobre a indeterminação e o acaso na vida humana. A história quer nos falar da ação humana na construção de fatos, instituições e sociedades: do reino da liberdade. As ciências sociais têm usualmente pesquisado as determinações e os limites de ação, ou seja, o reino da necessidade. Sabemos que a liberdade e a necessidade se fazem presentes na vida do ser humano. O espaço da liberdade não é tão grande quanto possa supor uma história que não busque causalidade, mas, ao mesmo tempo, a ação humana não é completamente limitada. As utopias tiveram, têm e terão lugar no universo do homem.

Apostamos em uma visão integrada desses dois saberes que lidam com o universo humano. A visão da história como uma espécie de laboratório das ciências sociais ou a proposta de análises que distinguem, não sem hierarquizar, uma dimensão sincrônica e diacrônica mantêm a separação formal entre os campos da história e das ciências sociais. Queremos agrupar compreensão histórica e explicação. Entendemos que história é análise e enquanto tal não restabelece as coisas "tais quais elas se passaram". O encadeamento de eventos só ganha importância na medida em que temos conceitos nos informando sobre sua relevância. Isto é tão importante quanto nos lembrarmos da historicidade das teorias.

A historiografia no Brasil tem sólida tradição de análise em dupla direção. Ou se afirma que nada muda neste país, ou se afirma cada momento como novo. Vivemos como se o novo não existisse ou como se o novo brotasse do zero. Mas em ambos os casos vivemos um profundo preconceito contra as origens, já que "o passado nos condena." Nem a idolatria do passado, nem a negação total das origens nos ajudam a entender o presente e a construir um futuro. A amnésia é um castigo e um recurso de poder, pois esquecer significa ser obrigado a criar do nada. É também uma falsidade, pois, proibido de entrar pela porta da frente, o passado faz sua entrada pelos fundos. Recordação e esquecimento são igualmente importantes para a sociedade continuar a existir. A memória, composta do que se retém e do que se abandona, funda a identidade pessoal e coletiva, e é através dela que se pode comparar e avaliar as experiências particulares e sociais.

Dentro desta perspectiva, queremos ser um veículo onde se apresentem, se analisem e se debatam diferentes maneiras de compreender o Brasil. Entendemos que o momento presente nos coloca diante de perguntas cujas respostas podem e devem ser buscadas também em momentos passados. Uma história dos eventos, das culturas, das políticas nos ajuda a entender o Brasil em perspectiva.

Nossa proposta é a de reunir em uma revista todos os profissionais interessados em participar da análise do Brasil sob uma perspectiva histórica. Não queremos fazer uma revista de historiadores, ou de sociólogos, ou de cientistas políticos. Queremos sim que ela seja um órgão de divulgação de uma perspectiva multidisciplinar voltada para a história do Brasil. Queremos enfim ser o instrumento da divulgação de um saber que considera irrelevante o traçado de certas fronteiras acadêmicas e entende o conhecimento da história de um país não como um objetivo exclusivamente erudito e sim como uma preocupação fundamental para a vivência cotidiana de seus cidadãos.

Os editores 
(Retirado da edição nº 1, 1988)