v. 11 n. 17 (2019): Violência política: as múltiplas faces do Estado e as suas formas de agressão

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Compreender a história republicana brasileira passa por falar sobre violência política. Os conflitos que dominaram a Primeira República, aqueles consequentes do processo revolucionário de 1930 e do golpe do Estado Novo, as disputas políticas que dominaram o cenário da década de 1950, alcançando a de 1960 e resultando no golpe de 1964, a institucionalização de um Estado ditatorial militar que só seria, parcialmente, desmontado na década de 1980, a fragilidade das instituições políticas, a violência praticada diuturnamente pela corporação policial, entre outras,são demonstrações (aqui, apressadamente relacionadas) de disputas políticas eivadas de violações, físicas ou simbólicas, de direitos, corpos e subjetividades. Há uma pluralidade de assuntos e de interseções temáticas oriundas da ideia de exercício da violência expresso em uma sociedade.O racismo estrutural, as violências de gênero, as consequências cotidianas e de longa duração da desigualdade social e econômica são exemplos de violências que marcam a sociedade brasileira, ao longo dos séculos. Em um país complexo como o nosso, a questão da violência, somada ao epíteto “política”, nos direciona a inúmeras perspectivas de análise. 

Publicado: 12.02.2020

Entrevista