O negro é rei: 1° Festival Mundial de Artes Negras em Dacar, 1966

Autores

  • Maybel Sulamita Oliveira Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.12660/rm.v12n19.2020.82325

Palavras-chave:

negritude, arte negra, África, Dacar

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar as relações culturais e políticas travadas a partir do 1° Festival Mundial de Artes Negras, realizado em 1966, no Senegal. O festival internacional organizado com total apoio do presidente Léopold Sédar Senghor, buscava apresentar a negritude como um caminho político possível. Dito isto, primeiramente o artigo realiza uma discussão sobre o conceito de negritude e seus possíveis usos e sentidos na realização do festival, e no segundo momento aborda a participação brasileira no evento.  

Biografia do Autor

Maybel Sulamita Oliveira, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda em história do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense (UFF). E-mail: maybelsulamita@yahoo.com.br

Referências

ABREU, MARTHA; XAVIER, G. (Org.) ; BRASIL, E. (Org.) ; MONTEIRO, L. (Org.). Cultura Negra. Trajetórias e lutas de intelectuais negros. Novos desafios para os historiadores. 1a.ed. Niterói: Eduff, 2018.

BIRO, Yaëlle. "The Museum of Primitive Art in Africa at the Time of Independence". The Metropolitan Museum of Art Bulletin, v. 72, 2014.

BUSTAMANTE, Jesús (coord.). “Museus de Antropología en Europa y América Latina: crisis y renovación”. Dossiê Revista de Indias, v. 72, n. 254, 2012.

BUTLER, Kim. “New negros”: negritude e movimentos pós-abolição no Brasil e na diáspora Africana. In: Dantas, Abreu, Mattos, Loner, Monsma. Histórias do Pós-Abolição no mundo atlântico. Niterói: Eduff, v. 3, 2013.

CABRAL, Sergio. Elisete Cardoso, uma vida. 2ª edição. Rio de Janeiro: Lumiar, 1994.

DIAS, J.C., FILHO, J.P.C., KEHL, M.R., PINHEIRO, P.S., DALLARI, P.B. de A., & CUNHA, R.M.C. (2014). Comissão Nacional da Verdade. Relatório. Vol. 1. Brasília: CNV.

DIETRICH, Elise. Mediating Authenticity: Gender, Race, and Representation in the Careers of Clementina de Jesus and Carolina Maria de Jesus. Tese de doutorado, Tulane University, Estados Unidos, 2014.

DOMINGUES, Petrônio. “Movimento da negritude: uma breve reconstrução histórica”. Mediações – Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 10, n.1, p. 25-40, jan.-jun. 2005.

DURÃO, G. A.. “Negritude, contestação e a construção do pensamento político-intelectual de Léopold Sédar Senghor (1928 -1961)”. In: MACEDO, José Rivair. (Org.). O pensamento social africano no século XX: questões, debates e tendências de abordagem. 1ªed. São Paulo: Outras Expressões, 2016, p. 23-52.

FLÉCHET, Anaïs. “As partituras da identidade: o Itamaraty e a música no século XX”. Escritos, v. 5, n.5, p.227-256, 2012.

GILROY, Paul. O Atlântico Negro. Modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora 34, 2001, p.157-223.

L´ESTOILE, Benoît de; NEIBURG, Federico; SIGAUD, Lygia. Antropologia, Impérios e Estados Nacionais. Rio de Janeiro: Relume Dumará/Faperj, 2012.

NASCIMENTO, Abdias. O Brasil na mira do pan-africanismo. Salvador: EDUFBA; CEAO, 2002.

OLIVEIRA, Waldir Freitas. Informações: 1º Festival Mundial de Artes Negras. Afro-Ásia 2.3, p.177-179, 1966.

PENNA FILHO, Pio. “A Pesquisa Histórica no Itamaraty”. Revista Brasileira de Política Internacional, Brasília, v. 42, n.2, p. 117-144, 1999.

RATCLIFF, Anthony J. “When Négritude was in Vogue: Critical Reflections of the First World Festival of Negro Arts and Culture in 1966”. Journal of Pan African Studies, v. 6, n.7, p.167-186, 2014.

RIESZ, János. “Negritude, Francofonia e cultura africana: Léopold Sedar Senghor como paradigma”. Africana Studia, n. 4, 2001, pp. 149-162.

SARR, Felwine; SAVOY, Bénédicte. Rapport sur la restitution du patrimoine africain. Vers une nouvelle éthique relationnelle. Ministère de la culture, 2018.

SENGHOR, Leopold. “O contributo do homem negro”. In: SANCHES, Manuela Ribeiro (Org.). Malhas que os impérios tecem: textos anticoloniais, contextos pós-coloniais. Lisboa: Edições 70, 2011, p. 73-93.

VINCENT, Cédric. “The Real Heart of the Festival’: The Exhibition of L'Art nègre at the Musée Dynamique”. In D. Murphy (Ed.), The First World Festival of Negro Arts, Dakar 1966: Contexts and legacies. Liverpool University Press, 2016. p. 55-73.

Downloads

Publicado

19.01.2021