“Deus me livre! Vou rezar muito e pedir para não cair nesse Cantagalo”: negociações e conflitos em jogo no processo de implementação de políticas públicas em uma favela da cidade do Rio de Janeiro

Autores

  • Juliana Blasi Cunha USP

DOI:

https://doi.org/10.12660/rm.v5n8.2014.62828

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo descrever e analisar as divergentes lógicas que orientam o PAC e os moradores em relação à forma como concebem o espaço do chamado “Complexo Pavão-Pavãozinho-Cantagalo”. A partir do método etnográfico, o trabalho evidencia que o PAC foi elaborado e atua nesse espaço concebendo-o como um todo coeso, integrado e uniforme; ao passo que, o que está em jogo, para os moradores, é a contiguidade de duas favelas distintas e historicamente marcadas por uma série de disputas e rivalidades entre seus moradores, que se reflete em sua organização sócio espacial.

Biografia do Autor

Juliana Blasi Cunha, USP

Doutoranda em Antropologia Social pelo PPGAS da Universidade de São Paulo (2010-2014 - bolsista Fapesp), mestrado em Antropologia pelo PPGA da Universidade Federal Fluminense (2005-2007 - bolsista Capes) e graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000-2004 - Cnpq). Tem experiência em pesquisa na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: favela, políticas habitacionais, conflitos, organização sócio-espacial e associativismo. É integrante do Grupo de Estudos de Antropologia da Cidade (GEAC/FFLCH/USP) e do Laboratório de Etnografia Metropolitana (LeMetro/IFCS/UFRJ).

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Publicado

18.10.2014

Edição

Seção

Artigo Livre