Relação entre demanda judicial e força de trabalho nas Justiças Estaduais no Brasil

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Adalmir de Oliveira Gomes
Bernardo Oliveira Buta
Rafael Rabelo Nunes

Resumo

A grande quantidade de processos peticionados – demanda judicial – e a incapacidade de resposta adequada a essa demanda é um dos principais problemas do Judiciário brasileiro e de boa parte dos judiciários de outros países. Embora os tribunais brasileiros tenham conseguido aumentar a capacidade produtiva nos últimos anos, a demanda crescente acaba gerando uma sensação de ineficiência e resultando no que ficou conhecido como "congestionamento dos tribunais". Diversos fatores estão relacionados ao congestionamento, e o presente estudo busca testar um desses fatores: a força de trabalho. O objetivo é descrever a relação entre a taxa de congestionamento de tribunais e a força de trabalho disponível. Os dados foram coletados na base Justiça em Números (CNJ), e referem-se à primeira instância das justiças estaduais no período de 2009 a 2016. Para analisar os dados, foram utilizadas técnicas de estatística descritiva e correlação linear. Os resultados do estudo apontam que a taxa de congestionamento está correlacionada positivamente com a força de trabalho absoluta nas justiças. No entanto, a correlação passa a ser negativa quando considerada a força de trabalho proporcional ao total de habitantes. Isso indica que a política de alocação de pessoal nas justiças estaduais brasileiras está desalinhada com a demanda judicial.

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Como Citar
GOMES, A. de O.; BUTA, B. O.; NUNES, R. R. Relação entre demanda judicial e força de trabalho nas Justiças Estaduais no Brasil. Cadernos Gestão Pública e Cidadania, São Paulo, v. 24, n. 78, 2019. DOI: 10.12660/cgpc.v24n78.72978. Disponível em: https://periodicos.fgv.br/cgpc/article/view/72978. Acesso em: 14 maio. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Adalmir de Oliveira Gomes, Universidade de Brasília

Doutor em Administração pela Universidade de Brasília - UnB (2014). Professor Adjunto do Departamento de Administração e do Programa de Pós Graduação em Administração da UnB (PPGA/UnB). Coordenador adjunto do Mestrado Profissional em Administração Pública. Experiência na realização de pesquisas para organizações públicas. Revisor de revistas e autor de artigos publicados em eventos e revistas científicas nacionais e internacionais na área de Administração Pública. Líder do grupo de pesquisa Administração da Justiça. Interesse de pesquisa em temas relacionados com a administração de organizações da justiça.

Bernardo Oliveira Buta, Escola de Administração de Empresas de São Paulo - Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV)

Mestre em Administração (2016), Bacharel em Gestão de Políticas Públicas (2014) e em Ciências Biológicas (2007), todos pela Universidade de Brasília (UnB). Atualmente, cursa Doutorado em Administração Pública e Governo na Fundação Getúlio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP/FGV), além de atuar profissionalmente na Assessoria de Planejamento, Estratégia e Modernização da Gestão da Defensoria Pública-Geral da União.

Rafael Rabelo Nunes, Universidade de Brasília

Possui graduação em Engenharia de Redes de Comunicação pela Universidade de Brasília (2005) com algumas disciplinas cursadas na Universidade do Porto, Portugal; Graduação em Programa Especial de Formação de Docente pela Universidade Católica de Brasília (2014); Mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (2009) e Doutorado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (2012). Atualmente atua como Analista Judiciário - Área de Tecnologia da Informação do Supremo Tribunal Federal onde assessora a presidência do Tribunal em assuntos de Tecnologia da Informação; Atua como Professor Adjunto da Universidade de Brasília - Departamento de Administração; e como Professor Titular da Faculdade Atenas. Já atuou na iniciativa privada como Engenheiro de Telecomunicações nas operadoras TIM e Claro. Áreas de Interesse: Governança de Tecnologia da Informação; Gestão da Segurança da Informação; Métodos de Decisão; Sistemas de Gestão Integrados; TIC - Tecnologia da Informação e Comunicações aplicadas ao negócio e às organizações; Administração do Poder Judiciário; Tecnologia da Informação no Poder Judiciário.