Leitura do institucionalismo organizacional a partir da teoria do organizar de Karl Weick

Conteúdo do artigo principal

Fábio Grigoletto
http://orcid.org/0000-0002-3691-9743
Mário Aquino Alves
http://orcid.org/0000-0002-6819-2585

Resumo

O objetivo central deste artigo é evidenciar as possibilidades de uso da teoria do organizar de Karl Weick como microfundamento para o institucionalismo organizacional, considerando que essa abordagem da ação se mostra mais adequada do que aquelas predominantes nos estudos institucionalistas. Partindo do pressuposto de que a ação em organizações se orienta por ordens institucionais abrangentes que não estão desconectadas da interação social e dos processos de construção de sentidos, propõe-se a integração entre o institucionalismo organizacional e a teoria do organizar como base para a análise de processos organizativos. Por meio de revisão das denominadas “ondas” da teoria neoinstitucional em organizações, aborda-se a relação entre o organizar, a construção de sentidos e as instituições. Além de apresentar uma síntese da trajetória do institucionalismo organizacional, destacam-se deslocamentos epistemológicos observados no âmbito desse corpo teórico ao longo do tempo. Por fim, apresentam-se as potenciais contribuições do uso da teoria do organizar (WEICK, 1979) como microfundamento teórico adequado para a análise institucional de estratégias e práticas empregadas para a manutenção de organizações.

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Detalhes do artigo

Como Citar
Grigoletto, F., & Alves, M. A. (2019). Leitura do institucionalismo organizacional a partir da teoria do organizar de Karl Weick. Cadernos EBAPE.BR, 17(2), 247–262. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/72948
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Fábio Grigoletto, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)

Doutorando em Administração Pública e Governo na Fundação Getúlio Vargas, na linha de pesquisa Governo e Sociedade Civil em Contexto Subnacional. Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pelo Centro Universitário de Araraquara - UNIARA (2011), na Linha de Pesquisa em Políticas Públicas e Desenvolvimento. Possui Graduação em Administração Pública pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2010) Atualmente atua em pesquisas no Centro de Estudos em Administração Pública e Governo - CEAPG, tendo como interesse de pesquisa políticas públicas, agricultura familiar, assentamentos rurais de Reforma Agrária, economia solidária e desenvolvimento rural sustentável.

Mário Aquino Alves, Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP)

Mario Aquino Alves possui graduação em Administração Pública pela Fundação Getulio Vargas - SP (1991), graduação em Direito pela Universidade de São Paulo (1996), mestrado e doutorado em Administração de Empresas (1996, 2002) pela Fundação Getulio Vargas - SP. Foi Visiting Researcher do Centre for Voluntary Organisation da London School of Economics-LSE (Reino Unido) e fez estágio pós-doutoral na HEC Montréal (Canadá). Atualmente é Professor Adjunto da Fundação Getulio Vargas – SP e membro da Linha de Pesquisa Governo e Sociedade Civil em Contexto Subnacional. É pesquisador 1D do CNPq. É professor dos cursos de Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo da Fundação Getulio Vargas – SP, onde orienta mestrandos e doutorandos. Tem experiência na área de Administração Pública, com ênfase em Teoria das Organizações, atuando principalmente nos seguintes temas de pesquisa: terceiro setor, teoria das organizações, políticas públicas, métodos qualitativos de pesquisa, análise do discurso e análise de narrativas.