Gênero e política pública: panorama da produção acadêmica no Brasil (1983-2015)

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Marta Ferreira Santos Farah
Ana Paula Rodrigues Diniz
Mariana Mazzini Marcondes
Laís Menegon Youssef
Maria Camila Florêncio da Silva

Resumo

Políticas públicas com recorte de gênero, iniciadas no Brasil na década de 1980, ganharam maior centralidade com a criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) no Governo Federal, em 2003. Isso não significa, contudo, que exista uma agenda de pesquisa consolidada sobre gênero e política pública no país. O objetivo deste estudo foi entender como essas temáticas têm sido incorporadas, de modo articulado, por pesquisas acadêmicas no Brasil. Para tanto, foram analisados 349 artigos científicos disponíveis nos sistemas de indexação SciELO e SPELL entre 1983 e 2015. A partir da pesquisa, mapeou-se um conjunto heterogêneo de estudos, classificado e analisado segundo uma tipologia elaborada com base nos padrões de incorporação das temáticas gênero e política pública. Na análise de cada tipo, investigaram-se ainda: distribuição de autoria; áreas do conhecimento e periódicos de publicação; temas e segmentos populacionais abordados; e abordagem metodológica empregada. Argumenta-se que não há, no Brasil, um campo de estudos sobre gênero e política pública, mas pontos de convergência entre os estudos de gênero e os de política pública. Com este artigo, espera-se contribuir para o desenvolvimento de pesquisas que articulem os dois campos e subsidiar, por meio da metodologia desenvolvida, estudos com outro recorte temporal e em outras bases bibliográficas.

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Como Citar
Farah, M. F. S., Diniz, A. P. R., Marcondes, M. M., Youssef, L. M., & Silva, M. C. F. da. (2018). Gênero e política pública: panorama da produção acadêmica no Brasil (1983-2015). Cadernos EBAPE.BR, 16(3), 428–443. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/64868
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Marta Ferreira Santos Farah, Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP)

Graduada em Sociologia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Mestre e Doutora em Sociologia pela USP. 

Ana Paula Rodrigues Diniz, Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP)

Graduada e Mestre em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas (FACE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É aluna no Curso de Doutorado em Administração Pública e Governo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP).

Mariana Mazzini Marcondes, Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP)

Graduada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Política Social pela Universidade de Brasília (UNB). É aluna no Curso de Doutorado em Administração Pública e Governo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP) e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Laís Menegon Youssef, Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP)

É aluna no Curso de Graduação em Administração Pública da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP).

Maria Camila Florêncio da Silva, Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP)

Graduada em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Mestre em Direito e Desenvolvimento pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/Direito SP). É aluna no Curso de Doutorado em Administração Pública e Governo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP).