Arqueologia do discurso do Vale-Cultura: performance política durante a constituição do seu marco legal

Conteúdo do artigo principal

Hérrisson Fábio de Oliveira Dutra
Sérgio Carvalho Benício de Mello
Anderson da Trindade Marcelino

Resumo

O Programa de Cultura do Trabalhador, lançado em 2012 pelo Governo Federal do Brasil, é uma política pública destinada ao incentivo do consumo cultural por meio da oferta de um benefício comumente chamado de Vale-Cultura. Do projeto de lei até a sua publicação (Lei No . 12.761 de 27/12/2012), o programa tramitou entre o executivo e o legislativo por 4 anos, incorporando significados de acordo com os posicionamentos do Governo e do Congresso. O presente artigo visa historicizar o discurso do Vale-Cultura durante o período de constituição do seu marco legal. Para isso, foi composto um arquivo com 47 documentos, posteriormente submetidos à análise pelo software de pesquisa qualitativa NVivo. Para tal, utilizou-se o método arqueológico de análise discursiva atribuído a Michel Foucault. Duas formações discursivas emergiram dessa análise: “Comercialização da Cultura” e “Inclusão Social”. Conclusões foram apresentadas e o que poderia parecer à primeira vista contraditório mais tarde foi percebido como complementar. Finalmente, reflexões também foram sugeridas, considerando o desempenho atual do programa.

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Como Citar
Dutra, H. F. de O., Mello, S. C. B. de, & Marcelino, A. da T. (2018). Arqueologia do discurso do Vale-Cultura: performance política durante a constituição do seu marco legal. Cadernos EBAPE.BR, 16(2), 204–217. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/63246
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Hérrisson Fábio de Oliveira Dutra, Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)

Doutorando em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco, mestre em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (2001), especialista em Gestão da Qualidade em Serviços (1999) e graduado em Administração pela Universidade de Pernambuco (1997). Analista em Ciência & Tecnologia da Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj, atuando na Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte - MECA. É professor em programas de pós-graduação nas áreas de marketing, empreendedorismo e políticas públicas. Realiza trabalhos de consultoria em gestão para instituições de ensino superior.

Sérgio Carvalho Benício de Mello, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Tem formação na área de Administração de Empresas, tendo alcançado o título de Doutor pela City University London (Cass Business School), Reino Unido (1997). É professor associado 3 da Universidade Federal de Pernambuco e bolsista de produtividade em pesquisa nível 1 do CNPq. Tem experiência nas áreas de ensino e pesquisa em Administração atuando principalmente com os seguintes temas: Tecnologia e Modernidade; Economia Política da Mobilidade; Mobilidades e Cidadania; Política e Práticas Discursivas; Pós-Estruturalismo e Teoria do Discurso.

 

Anderson da Trindade Marcelino, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Administrador graduado pela Universidade Federal de Campina Grande. Ex-consutor junior pela Prospect Consultoria Empresarial Junior da UFCG. Especialista em Gestão de Empreendimentos Inovadores, promovido pela Fundação Parque Tecnológico da Paraíba e pela Universidade Federal de Campina Grande. Mestre em Administração pelo PPGA/UFPB com ênfase em Marketing e Sociedade. Doutorando em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco

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