Desenvolvimento sustentável na Rio+20: discursos, avanços, retrocessos e novas perspectivas

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Roberto Guimarães
Yuna Fontoura

Resumo

Depois de quatro décadas da Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano, e decorridos apenas alguns meses da Rio+20, este artigo busca se aprofundar no caminho percorrido pela agenda global de desenvolvimento sustentável, a partir de Rio-92 até os desafios, em grande parte frustrados, da conferência recém concluída no Rio de Janeiro. Para tal propósito, foram identificados os avanços e retrocessos nesta agenda, o processo preparatório e resultados alcançados na Rio+20, bem como as ameaças provocadas pela nova agenda ambiental global. A metodologia adotada é de enfoque qualitativo, por meio da utilização de uma abordagem de discurso para primeira etapa de análise dos dados e uma correlação entre a obra de Jared Diamond de 2006 com a Rio+20, como fase complementar. O artigo conclui que os discursos da segurança alimentar, da insuficiência do Produto Interno Bruto (PIB), da credibilidade científica, da economia verde e da importância do setor privado para o desenvolvimento sustentável sobressaíram durante a cúpula de 2012. Além disso, ao analisar as perspectivas da agenda internacional nos próximos anos, o artigo conclui que atualmente o mundo enfrenta um déficit claramente político de implementação de decisões já adotadas reiteradamente. Ou seja, o maior desafio atual para o desenvolvimento sustentável é a incapacidade de ações concretas de atores específicos e claramente identificáveis.

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Como Citar
Guimarães, R., & Fontoura, Y. (2012). Desenvolvimento sustentável na Rio+20: discursos, avanços, retrocessos e novas perspectivas. Cadernos EBAPE.BR, 10(3), 508 a 532. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/5477
Seção
Artigos