O discurso da empregabilidade: o que pensam a academia e o mundo empresarial

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Maíra Rocha
Diogo Henrique Helal

Resumo

A preocupação com a empregabilidade é resultado das novas exigências feitas aos trabalhadores, por parte das organizações. Sabe-se, contudo, que o entendimento acerca do tema é bastante diverso e controverso. Nesse contexto, este artigo busca entender como o termo tem emergido e ganho força, tanto no meio acadêmico quanto no empresarial. Para isso, foi feita uma pesquisa qualitativa com profissionais e acadêmicos de recursos humanos, em Belo Horizonte-MG, bem como foram analisados dados secundários em publicações acadêmicas e não acadêmicas (empresariais). Os dados coletados foram analisados de modo quantitativo e qualitativo, com base nas técnicas de análise bibliométrica e de análise de conteúdo (AC). Os achados da pesquisa indicam que, em ambos os grupos pesquisados  empresarial e acadêmico  das duas concepções acerca do tema, destacadas na teoria, a empresarial-individual (que condiciona a empregabilidade à capacidade da mão-de-obra adaptar-se às novas exigências do mundo do trabalho e das organizações) e a crítica-social (que trata a empregabilidade como um discurso, transferindo a responsabilidade pelo emprego, da sociedade e do Estado para o próprio trabalhador), prevalece a primeira. Diante disso, o artigo traz uma reflexão, buscando indicar à sociedade que o discurso neoliberal da empregabilidade não traz consigo a garantia de empregos e que a busca incessante pelo conhecimento (capital humano) nem sempre é garantia de colocação no mercado de trabalho.

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Como Citar
Rocha, M., & Helal, D. H. (2011). O discurso da empregabilidade: o que pensam a academia e o mundo empresarial. Cadernos EBAPE.BR, 9(1), 140 a 155. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/5195
Seção
Artigos