As limitações das políticas de habitação portuguesas: reflexões sobre a importância da intersetorialidade

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Raquel de Oliveira Barreto
Ana Paula Paes de Paula
Felipe Marques Carabetti Gontijo

Resumo

Partindo de uma perspectiva neoliberal e sob um discurso moderno de descentralização estatal e participação da sociedade civil, o Estado português tem utilizado parcerias com o setor cooperativo nas suas políticas habitacionais. Frente à visibilidade alcançada por estas políticas recentes na Comunidade Européia, bem como a aproximação que vem ocorrendo entre Portugal e Brasil para troca de experiências neste campo, este trabalho tem como objetivo analisar como estas políticas portuguesas têm se desenvolvido e quais suas implicações para a população brasileira. Para isso, investigaram-se dois projetos de realocação de pessoas carentes em bairros sociais. A metodologia utilizada foi de caráter qualitativo, baseada em pesquisa documental, além de entrevistas e observações in loco. Os resultados apontam para políticas habitacionais bastante desarticuladas e, em consequência disso, pouco efetivas. Os casos estudados corroboram o argumento de que, apesar do discurso, o governo assumiu na realidade uma posição de transferência das responsabilidades para a sociedade civil por meio das cooperativas de habitação, e que a criação de bairros sociais acaba por contribuir para o aumento da estigmatização e do preconceito. Além disso, enfatizam a importância de uma ação intersetorial nas políticas habitacionais.

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Como Citar
Barreto, R. de O., Paula, A. P. P. de, & Gontijo, F. M. C. (2010). As limitações das políticas de habitação portuguesas: reflexões sobre a importância da intersetorialidade. Cadernos EBAPE.BR, 8(4), 627 a 643. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/5178
Seção
Artigos

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