Masculinidade e feminilidade na AMEAS: holograma, ilhas de claridade ou uma selva desconhecida?

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Cintia Rodrigues de Oliveira Medeiros
Valdir Machado Valadão Júnior

Resumo

A análise de características atribuídas a determinados sujeitos e do modo como essas características são socialmente construídas tem se tornado comum nos estudos organizacionais. Os privilégios existentes em apenas uma parte de relações duais, tais como feminino e masculino (FLETCHER, 1998), aparecem nos discursos e práticas organizacionais como neutro e natural, porém, demarcam e definem a natureza do trabalho e de suas relações. Neste trabalho, examinamos como as atribuições de masculinidade e feminilidade influenciam o significado de ser homem ou ser mulher, em uma organização do terceiro setor. A organização em estudo, vista como um padrão de significados, valores e comportamentos, é analisada sob três perspectivas (MARTIN, 2001), de modo a compreender aspectos que são compartilhados, confrontados ou ambíguos, quanto às atribuições de masculinidade e feminilidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cujo delineamento é a pesquisa narrativa. A coleta de dados foi realizada por meio de documentos e de entrevistas semi-estruturadas com membros da AMEAS. Os resultados apontam inconsistências, ambigüidades e contradições entre as narrativas dos fundadores encontradas nos documentos e as narrativas dos sujeitos da pesquisa sobre a prática organizacional.

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Como Citar
Medeiros, C. R. de O., & Júnior, V. M. V. (2011). Masculinidade e feminilidade na AMEAS: holograma, ilhas de claridade ou uma selva desconhecida?. Cadernos EBAPE.BR, 9(1), 79 a 96. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/5192
Seção
Artigos