Frente de Trabalho da Iniciativa Privada no Sistema Carcerário do Estado do Espírito Santo
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Resumo
Neste artigo analisa-se - sob a ótica dos presos e dos responsáveis empresas em presídios - o impacto das frentes de trabalho promovidas por duas empresas privadas na ressocialização dos presos no Instituto de Readaptação Social - IRS - em Vila Velha - ES e na Penitenciária de Segurança Média II de Viana - PSME II - ES. Examinam-se, ainda, os aspectos gerenciais relativos à implantação e manutenção dessas empresas nas penitenciárias citadas. Trata-se de um estudo de caso de natureza qualitativa, em que os dados foram coletados, no ano de 2005, através de duas entrevistas semi-estruturadas com os responsáveis pelas empresas privadas e dez internos – os resultados foram submetidos à análise de conteúdo proposta por Laville e Dione (1999). Eles apontam a competitividade como o principal motivo de inserção das empresas privadas no sistema penitenciário e a conservação do foco da produção na unidade prisional, sem estender o trabalho aos egressos. Na perspectiva de análise dos internos, o trabalho representa uma fuga ao ambiente carcerário e ao ócio, bem como auxílio financeiro a suas famílias e qualificação. Conclui-se que os trabalhos desenvolvidos pelos internos pouco influenciam em suas pretensões de reencontro com o mercado de trabalho, mas mostram-se de extrema importância no cotidiano de cumprimento da pena.
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Como Citar
Pires, F. M., & Palassi, M. P. (2008). Frente de Trabalho da Iniciativa Privada no Sistema Carcerário do Estado do Espírito Santo. Cadernos EBAPE.BR, 6(3), 1 a 16. Recuperado de https://periodicos.fgv.br/cadernosebape/article/view/5083
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Artigos
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