O Programa Água Para Todos na visão do seu público-alvo

Resumo

A implantação de cisternas no semiárido como forma de convivência com a escassez de água tem sido uma efetiva estratégia de política pública adotada pelo governo federal desde a década de 2000 (RUEDIGER, 2018). A partir de 2011, a fim de promover a universalização do acesso à água, o governo lançou um novo programa, o Água Para Todos (APT), ampliando as ações de convivência com a seca, especialmente no semiárido. Nos anos iniciais, o programa recebeu volumosos recursos que se tornaram escassos com a crise econômica e fiscal em 2015 e, desde 2018, não figura mais entre as ações orçamentárias do governo federal (RUEDIGER, 2018). Considerando a relevância social e os custos envolvidos na execução do programa, diversos trabalhos têm estudado sob diferentes ângulos avaliativos o APT, e este trabalho é parte de uma série de estudos que compõem a avaliação de mérito do APT realizada para o Ministério da Integração Nacional. A avaliação adotou uma estratégia triangular composta por sete estudos analíticos sobre o APT: uma análise de desempenho físico e orçamentário; uma análise socioeconômica de cobertura; uma meta-avaliação; uma avaliação de impacto na saúde; uma sistematização de aspectos críticos; um estudo de demanda e uma pesquisa de campo qualitativa ‒ esta última sendo objeto deste trabalho. Esta pesquisa pretende contribuir com o debate sobre o impacto das cisternas, evidenciando os avanços na qualidade de vida da população-alvo.


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