Fatores que interferem na desocupação do leito hospitalar após alta hospitalar

Data
2019
Orientador(res)
Vecina Neto, Gonzalo
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Resumo

O leito hospitalar é um recurso cada dia mais valorizado. Identificar os fatores que interferem no atraso da liberação do leito hospitalar após a alta é essencial para que ações possam ser deflagradas ainda no período de internação, favorecendo na formação de diferentes estratégias que possam ser implantadas ao longo da jornada hospitalar do paciente, favorecendo assim a sua alta hospitalar. Em uma rede hospitalar, que atua com hospitais de pequeno e médio porte altamente especializados, o direcionamento dos esforços necessários à liberação do leito é de fundamental importância para manter o giro do leito. Resultados operacionais adequados, respaldados por inúmeros processos e metodologias, são essenciais para manter a qualidade de atenção aos usuários e por conseguinte a sua saída. O objetivo dessa dissertação é identificar as principais situações que ocasionaram o atraso na liberação do leito hospitalar na rede Sancta Maggiore, no período compreendido entre 2015-2016. Trata-se de um estudo retrospectivo observacional, que avaliou 25.388 internações hospitalares no ano de 2015 e 23.130 no ano de 2016. Foram identificados atrasos na desocupação do leito hospitalar, em período maior do que 1 hora após a confecção da alta médica, 8.104 internações no ano de 2015 (tempo de liberação do leito compreendido entre 60 minutos a 22 horas) e 6.627 no ano de 2016 (tempo de liberação do leito compreendido entre 60 minutos a 19 horas). Os motivos de atraso nas altas hospitalares no de 2015, foram :- familia (34,02%), alta no dia (29%), remoção (27%) e demais causas (9,98%). No ano de 2016, foram :- familia (36,95%), remoção (31,71%), alta no dia (22,32%) e demais causas (9,98%). Os resultados mostram que diversos fatores interferem e impactam na liberação do leito após a alta hospitalar. As ações para otimizar a liberação do leito, devem iniciar tão logo o paciente adentre na unidade. Médicos dedicados, equipes multiprofissionais que atuam em conjunto com os familiares, política institucional ampla no conceito de desospitalizar e também para fornecer atendimentos ambulatoriais e domiciliares que impeçam a hospitalização, são fundamentais para evitar um longo tempo de atraso na desocupação dos leitos após a confecção da alta médica.


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