A energia fotovoltaica no agronegócio: gestão de custos e riscos, diversificação de receita e externalidades

Data
2019-05-10
Orientador(res)
Rocha, José Dilcio
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Resumo

Este trabalho apresenta um estudo de viabilidade da aplicação de tecnologia fotovoltaica para a geração de eletricidade no setor de agronegócio. O aumento no custo da energia no Brasil, no período entre 1995 e 2015, pode ser observado pela comparação entre 751,7% do IPCA-Energia e 342% do IPCA-Geral. O agronegócio demonstrou uma participação acima de 20% do PIB nacional nos últimos 10 anos. O custo de energia mantém um peso importante em toda a cadeia do agronegócio e, com a intensificação do uso de novas tecnologias, a busca por alternativas para a redução de custos, riscos e emissão de gases de efeito estufa faz-se ainda mais relevante. Considerando-se favoráveis os níveis de irradiação solar incidentes no território brasileiro, a legislação e a disponibilidade de áreas para instalação de usinas fotovoltaicas, essa fonte de energia destaca-se como opção viável. Dessa forma, este trabalho procura contribuir para a avaliação do estágio em que se encontra a geração de energia fotovoltaica, ou seja, se a tecnologia já atingiu um patamar em que a relação de custo versus benefícios se mostra propícia ao investimento. Esta pesquisa usou como referência um estudo de caso de uma fazenda que investiu em um sistema fotovoltaico. Foi analisado o cenário que serviu de base para que a decisão de investimento fosse tomada. Além disso, foram criados para análise outros dois cenários alternativos, com variações das tarifas de energia. Realizou-se consultas a especialistas e pesquisa bibliográfica referenciada. A análise dos resultados obtidos demonstrou a viabilidade do investimento nos três cenários analisados e a oportunidade de ampliação das fontes de receitas com o investimento em uma usina fotovoltaica de potência maior do que uma usina desenvolvida apenas para consumo próprio. Por fim, foram também analisadas as externalidades decorrentes do investimento em energia limpa, como a utilização de terras por vezes improdutivas e a geração de mão de obra vinculada à nova atividade.


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